domingo, 23 de outubro de 2016

O ensino da Arte no espaço escolar: reflexões de alunos sobre as pinturas de Iberê Camargo, Francis Bacon e Lucian Freud




Em meio a tantas discussões a respeito do ensino da Arte no país, compartilho um artigo meu recentemente publicado e apresentado no XV Seminário Internacional de Educação - Educação e Interdisciplinaridade: Percursos Teóricos e Metodológicos, realizado na Universidade Feevale no mês de julho deste ano.

Resumo
O tema do presente artigo é o ensino da arte no espaço escolar. A justificativa é o fato de que se faz necessário, na prática do ensino da arte, trabalhar com leitura e interpretação de obras pictóricas contemporâneas, as quais são capazes de suscitar questionamentos e novas percepções sobre a realidade vivida pelos alunos. O objetivo do presente artigo é analisar as leituras e interpretações que alunos do Ensino Médio de uma escola estadual da cidade de Osório, no Rio Grande do Sul, realizaram da obra de três pintores da década de 1980 em diante: os artistas Iberê Camargo (1914- 1994), Francis Bacon (1909-1992) e Lucian Freud (1922-2011). Os dados aqui analisados foram coletados a partir da observação realizada quanto às leituras e interpretações expressas pelos alunos ao longo das atividades. Também serão analisados alguns trabalhos produzidos pelos próprios alunos. Trata-se de uma pesquisa de caráter interdisciplinar, na medida em que aproxima os campos da Arte e da Educação, sendo que a principal contribuição para campo educacional reside no fato de que a pesquisa traz contribuições sobre a possibilidade de trabalho com a interpretação de obras de artistas contemporâneos na sala de aula. O artigo está estruturado em três partes. Inicialmente, apresenta-se o procedimento adotado para a realização das aulas e a coleta dos dados. Em seguida, são apresentadas as principais características estéticas das obras de Iberê Camargo, Francis Bacon e Lucian Freud. Por fim, são realizadas as análises dos dados coletados com base nos conceitos teóricos “leitura de imagem”, proposto por Anamelia Buoro, e “estágios do desenvolvimento estético”, conforme Michael Parsons.
Palavras-chave: Pintura. Leitura de imagem. Arte e Educação.



sábado, 18 de junho de 2016

Caderno de desenhos inéditos de Van Gogh


"O caderno contém um número significativo de desenhos, mais de uma dezena".
Bernard Comment, escritor e editor do livro


Autorretrato, Van Gogh, 1889.



Como em todos os casos de artistas em qualquer parte do mundo, há uma necessidade de carregarmos cadernos, blocos, quando não começamos a desenhar, inconscientemente, em um guardanapo de papel. Introduzo este comentário apenas para dizer que foram encontrados desenhos inéditos de Van Gogh. Estes desenhos estão registrados em diversas folhas, marcadas por linhas, registradas em um caderno, sob a posse de Bernard Comment, escritor e editor suíço, do proprietário e do editor. Sobre os desenhos, não foram revelados ainda muitos detalhes . O caderno será publicado em forma de um livro e será divulgado publicamente em uma conferência de imprensa em Paris, em novembro deste ano.
Bernard Comment será o responsável pela publicação da obra, intitulada "Vincent Van Gogh, Le brouillard d'Arles, carnet retrouvé" ("Vincent van Gogh, o nevoeiro de Arles, o caderno recuperado").
Até o momento não sabemos quando o livro será publicado no Brasil, somente temos a confirmação que chegará às livrarias dos Estados Unidos e Europa. 



 "É incrível, brilhante."
 Bernard Comment


Fonte:









quarta-feira, 20 de abril de 2016

Loving Vicent

Longa é pioneiro em utilizar pinturas à óleo em todas as imagens



O longa "Loving Vincent" é baseado nas mais de 800 cartas escritas por Vincent Van Gogh, sendo narradas na animação pelos personagens das obras do artista. Para o desenvolvimento do filme, foi necessário fazer as gravações com os atores que interpretavam os personagens das pinturas de Van Gogh.
Após gravadas as cenas, cada imagem do filme recebeu uma pintura à óleo, seguindo o estilo de Van Gogh. O trabalho conta ainda com 65 pintores na Pôlonia e 20 na Grécia e, no total serão feitas 62.450 pinturas individuais. É a primeira vez na história do cinema mundial que esta técnica será utilizada em um filme de animação.
A previsão da estreia do longa será para setembro deste ano, prometendo revolucionar o cinema de animação. Loving Vincent retoma com um processo artesanal de produção, utilizando as formas mais clássicas de se fazer pintura.

Num mundo em que se usam tantos efeitos especiais criados por computador, o público se impressiona ao ver algo feito à mão, com um pincel.
Junte a isso o poder que Van Gogh tem de tocar as pessoas e você tem um produto diferente de tudo o que já se viu.

Hugh Welchman 

Dorota Kobiela, diretora de cinema polonesa, formada em pintura e cinema de animação, partiu de suas inquietações para a produção, ao encontrar-se dividida entre sua dedicação à pintura e à produção de um filme. Unindo suas duas paixões, a pintura e o cinema, Dorota se encontrou em um caminho de um ambicioso projeto: contar a vida e a morte de Vincent Van Gogh por meio de quadros animados.
Incentivada por seu marido, Hugh Welchman (vencedor do Oscar em 2008 por sua animação Pedro e o lobo), o projeto acabou se transformando em um filme de longa-metragem.
Mesmo sendo árduo o caminho a percorrer, o casal de cineastas resolveu contratar um grande número de artistas para que o projeto de concretizasse. Dessa forma, foi necessária a realização de um recrutamento de artistas. Para ser aprovado neste recrutamento, é preciso que o/a artista seja avaliado em três etapas: portfólio, provas práticas de três dias e um curso intensivo para treinamento em animação.  Estima-se que, ao final deste projeto, sejam empregados aproximadamente 100 pintores, que produzirão 62.450 pinturas.





Antes mesmo da produção dos quadros para o filme, foram escalados atores para representar os personagens presentes nas pinturas e durante a vida de Van Gogh. O processo utilizado para a transformação das cenas em pinturas é conhecido como rotoscopia. A rotoscopia é uma técnica a qual diversos animadores utilizam para a criação de desenhos baseados nos movimentos dos atores captados em vídeo.

Rotoscopia
Técnica bastante conhecida desde os primórdios do cinema. Walt Disney já a empregou
no seu Branca de Neve e Os Sete Anões
(Fonte: http://cidadaoquem.blogspot.com.br/2010/05/de-carne-e-osso-para-desenho.html)
 
Após os pintores receberem as frações das cenas e reproduzirem nas telas, as imagens eram registradas em alta definição para comporem a animação. 
 
Foto: Época



 Prévia das pinturas que serão reproduzidas no filme:
















HISTÓRIAS SOBRE VINCENT

- Não é inteiramente verdade que Vincent foi um gênio incompreendido. É verdade que poucas de suas pinturas (muito poucas!) foram vendidas ainda em vida. No entanto, diversos artistas que seguiram seu estilo o apreciavam, além de jornalistas começarem a ter interesse em sua obra no ano de 1888. Pintores modernistas franceses e holandeses se inspiraram no trabalho do artista.
- O artista sempre busca inspiração em algum lugar. Talvez na literatura, no amor, natureza, arte ou música. Vincent não foi diferente. Muitas de suas cartas faziam referência a livros e pinturas. Analisando as cartas podemos perceber seu grande interesse pela natureza e - no início de sua carreira - a Bíblia. Costumava coletar imagens e coisas que mais o atraía. Resultando em um local pessoal onde registrava e guardava suas experiências e informações mais importantes.
- O que podemos questionar ainda é, por que o seu irmão Theo continuou apoiando Vincent financeiramente mesmo sabendo da vida difícil que o irmão levaria como artista? Seria este um investimento de arte planejado ou uma demonstração de amor fraternal?
- Vincent via a arte e a natureza como coisas inseparáveis. Não encontrava ligação ou inspiração em nenhum outro local que não fosse o campo.

"… if I felt no love for nature and my work, then I would be unhappy." 
To his brother Theo, from The Hague, 26 July 1882

- Para quem nunca ouviu falar ou leu a respeito, Vincent teve um relacionamento com Agostina Segatori, uma italiana dona do restaurante La Tambourin, que se localizava na Boulevard de Clichy em Paris. As informações sobre o relacionamento ainda permanecem obscuras, sabe-se apenas que o relacionamento perdurou de dezembro de 1886 a maio de 1887.


"For my part, I still continually have the most impossible and highly unsuitable love affairs from which, as a rule, I emerge only with shame and disgrace".
To his sister Willemien from Paris, late October 1887



Vincent van Gogh, In the Café: Agostina Segatori in Le Tambourin, 1887 


Sobre o caso da orelha....

Como todos sabem, Van Gogh, durante um momento de furiosa raiva e paixão, cortou o lóbulo da orelha e enviou para uma prostituta chamada Rachel. Este gesto trágico mostra a característica marcante do artista  que não conseguia lidar com sentimentos de frustração, agressão, culpa e vergonha.
O acontecimento foi registrado no jornal local da época:

"Guarde este objeto com cuidado"
 




REFERÊNCIAS
http://lovingvincent.com/?id=home
http://www.vangoghmuseum.nl/en

domingo, 6 de março de 2016







(...) Em tuas costas, carregava tranquila um peso, que somente os olhares mais atentos, poderiam ver, que se tratavam de asas...

Marcelo Vico

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Meu site


Pessoal!

Quem tiver interesse em conhecer meus trabalhos, segue o link do meu site que se encontra do lado direito logo acima da barra "Quem sou eu". (Link: Roberta Gerling Moro Artist)
Para aquisição de obras ou encomendas entrem em contato pelo whatsapp (51) 9108-4739 ou pelo e-mail robgmoro@gmail.com
Conto com a presença de vocês em meu site!
Obrigada!

Roberta Gerling Moro
Artista Visual












domingo, 17 de janeiro de 2016

Minhas pinturas... desenhos...Digitais...e não digitais...





Boa Noite pessoal!


Depois de muito tempo sem postar nada, retorno ao blog não somente trazendo assuntos sobre arte e cultura, mas compartilho também algumas pinturas e desenhos meus realizados. Espero que gostem!

Abraços!

Roberta Gerling Moro
Artista Visual


Autorretrato
Óleo sobre mdf
50x70 cm 
2015

Acrílica sobre mdf
50x70 cm
2015


Retrato de mulher
Acrílica e guache sobre mdf
50x50 cm
2015
 
Violinista
Acrílica e guache sobre mdf
50x70 cm
2015


Violinista Tocando ao som dos ventos de Osório
Acrílica, pastel oleoso e guache sobre tecido
98x120 cm
2015


Homem-manequim
Acrílica e guache sobre tecido
97x122 cm
2015


La Belle Heaumelière segundo Rodin
Acrílica e guache sobre tecido
46x58 cm
2015

Mulher deitada sob árvore
Óleo e lápis sobre mdf
2015

Vista da estrada de Maquiné/ RS
Acrílica e pastel oleoso sobre mdf
70 x 90 cm
2015


PINTURAS E DESENHOS DIGITAIS


 Estudos para “Violinista Tocando ao som dos ventos De Osório”
Desenho digital
2015


Estudo para “Mulher deitada sob árvore”
Desenho digital
2015
 
 Vista da estrada de Maquiné/ RS
Desenho digital
2015
 
 Montanha e plantações em Maquiné
Desenho digital
2015
 
 Maquiné/RS
Desenho digital
2015
 
 Morro da Borússia (Estudo)
Desenho digital
2015


Impressões de Osório/RS
Desenho digital
2015



Sem título
Pintura e desenho digital
2016
 

Estudo Montanhas
Pintura digital
2016


Doby
Pintura digital
2016


Estudo Mar 
Pintura digital
2016

 Estudo Paisagem Osório/RS
Pintura digital
2016

Morro da Borússia, Osório/RS
Pintura digital
2016