terça-feira, 12 de setembro de 2017

Divulgação do Curso: As Novas Práticas de Leitura: Design editorial para elaboração de livros digitais





Descrição do curso: O livro é, provavelmente, o conjunto metafísico mais elogiado pelos mestres da tipografia de todos os tempos, sendo considerado como um ícone da cultura. A construção de sua materialidade e de sua visualidade (design) é um desafio milenar. No entanto, no contexto da sociedade em rede, presencia-se a emergência do livro digital, viabilizado pelos avanços tecnológicos que transformaram a cultura material contemporânea. Representante de uma das maiores mudanças do mercado editorial, o livro digital é capaz de promover novas práticas e novos significados de leitura. Neste contexto, o curso de qualificação apresentado, além de explorar uma contextualização histórica do livro e seus suportes, visa discutir sobre as práticas dos leitores contemporâneos em diferentes plataformas eletrônicas. Além disso, apresenta noções de softwares para publicações digitais e exercita a confecção de um projeto piloto de livro digital.



Ministrante: Ingrid Scherdien


Mestre em Design Estratégico pela Unisinos (2014), Graduada em Design Gráfico - Ênfase em Mídias Eletrônicas - pela Universidade Feevale (2010) e Técnica em Programação Visual pelo Instituto Federal Sul-rio-grandense - IFSUL (2005). Tem formação complementar em Gestão de pessoas, Social Media e Redação Publicitária. Possui experiência profissional como docente e como designer/diretora de arte em escritórios de design, agências de publicidade e empresas de comunicação. Atualmente, é instrutora de cursos técnicos e profissionalizantes da escola Alfamídia e é Coordenadora do Núcleo de Criação e Diagramação do Grupo Sinos, setor responsável pelas campanhas institucionais de todos os veículos de comunicação da empresa, bem como da diagramação dos veículos segmentados e de cadernos comerciais dos jornais diários. Foi monitora das disciplinas de Computação Gráfica e Metodologia Visual do curso de Design da Universidade Feevale, além de ministrar palestras e consultorias sobre Projetos Editoriais e Experiências Profissionais de Design em encontros, seminários e aulas inaugurais de diversas universidades. Como acadêmica, publicou artigos com temáticas do design em congressos nacionais e internacionais.


IMPORTANTE! Serão definidas novas datas para o curso, provavelmente em outubro e novembro se não fechar o mínimo de inscritos. É necessário mais tempo de divulgação para fecharmos as turmas. Se você já fez sua inscrição, fique tranquilo. Se você tem interesse e ainda não fez, não deixe para última hora, sua participação é muito importante para discutirmos e movimentarmos o mercado do design, da leitura e da comunicação! EM BREVE DIVULGAÇÃO DAS NOVAS DATAS!


Mais informações, visite a página do evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/1298323276957580/?active_tab=about



(Fonte: Design de Raiz)

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Livros sobre arte moderna disponibilizados pelo Museu Guggenheim



Bom dia, Queridxs Leitorxs!

Hoje, logo que acordei, me deparei com uma postagem muito interessante no Facebook e gostaria de compartilhar com vocês, amantes da Arte, assim como eu!







No Internet Archive do Museu Guggenheim de Nova York estão disponibilizados, aproximadamente, mais de 200 livros para serem lidos online ou baixados em PDF! São várias obras clássicas publicadas por artistas e escritores renomados. As obras foram digitalizadas, ao longo dos últimos cinco anos e transformadas em arquivo PDF e eBUB.




No Internet Archive, o leitor poderá encontrar:


→ 279 bilhões de páginas da web
→ 11 milhões de livros e textos
→ 4 milhões de gravações de áudio (incluindo 160,000 concertos ao vivo)
→ 3 milhões de vídeos (incluindo 1 milhão de novos programas televisivos)
→ 1 milhão de imagens
→ 100,000 softwares/programas


Entre as obras disponibilizadas, estão as seguintes:


Cézanne and structure in modern painting

Edvard Munch

Expressionism, a German intuition, 1905-1920

European Drawings

From van Gogh to Picasso, from Kandinsky to Pollock : masterpieces of modern art : Solomon R. Guggenheim Museum, New York, Thannhauser Collection

From Degas to Calder : sculpture and works on paper from the Guggenheim Museum collection

Max Ernst : a retrospective

On the spiritual in art : First complete English translation, with four full colour page reproductions, woodcuts and half tones

Robert Rauschenberg, a retrospective

Oskar Kokoschka, works on paper : the early years, 1897-1917




Para ver outras obras, clique aqui!




Aproveitem a leitura!



(Fonte: Revista Prosa Verso e Arte)

segunda-feira, 31 de julho de 2017

PRÉ-MODERNISMO, LITERATURA E PINTURA: EUROPA E BRASIL


As seguintes postagens (Pré-Modernismo, Literatura e Pintura: Europa e Brasil; Vanguardas Europeias e a Semana de 22 no Brasil; Anita Malfatti) são estudos que tiveram origem no planejamento das aulas de Estágio Docência, no curso de Letras da Ulbra Canoas, em especial, na disciplina Literatura Brasileira II: do Realismo ao Modernismo. As discussões levantadas, assim como os textos indicados, estão organizados de forma a auxiliar os alunos em seus estudos relacionados à disciplina. Dessa forma, a professora, os alunos e demais leitores deste blog, estão livres para comentar e contribuir para a construção de ricas reflexões acerca do tema. 


Para iniciar esta nossa discussão, indico a leitura do artigo "Um olhar de descoberta na Paris da Belle Époque", de João Anzanello Carrascoza e Christiane Godinho Santarelli, em que os autores, na visão de um estrangeiro, fazem uma viagem de volta à Paris no início do século XX, onde o leitor passará a ter contato com obras de importantes artistas, como Toulouse-Lautrec e seus intrigantes cartazes de dançarinas, mulheres e aristocratas. Conforme prosseguimos a leitura, através de algumas das manifestações artísticas citadas pelos autores no texto, percebemos emergir o espírito moderno, nascido da efervescência das ruas, noites, festas e cabarés da Belle Époque. O artigo, portanto, rompe com a estrutura de um artigo acadêmico tradicional, construindo, através de uma trama engendrada e personagens, um ensaio, em formato ilustrado, fundindo assim, ficção e realidade.



Paris, Belle Époque.




A BELLE ÉPOQUE

A Belle Époque é o período da literatura europeia que se estendeu de 1886 a 1914, e corresponde, sob o ponto de vista da história literária, à pluralidade de tendências filosóficas, científicas sociais e literárias (TELES, 1983). É neste período também, que ocorrerá a transição pré-vanguardista, que darão origem aos inúmeros movimentos artísticos e literários presentes no período vanguardista e modernista. A evolução das formas, técnicas e ruptura com a tradição são decorrentes das transformações científicas ocorridas na Revolução Industrial, além de um esgotamento de técnicas e teorias estéticas pelas quais passava nas produções artísticos-literárias dos artistas vigentes.
Escritores e artistas procuravam romper com as teorias estéticas a partir da criação de novas teorias culturais, através da fundação de revistas e criação de manifestos que, por conseguinte, serviam-se da experimentação de/com outras linguagens e formas de expressão.
A partir do momento em que estes artistas e escritores começaram a manifestar seu descontentamento com as soluções simbolistas, pode-se falar de uma ruptura estética. Esse momento, entretanto, somente ocorreu, na prática e oficialmente, com a publicação, em 1909 do Manifesto Futurista, em Paris por Marinetti.
Segundo Bonner Mitchell (em Les manifestes litéraires de la belle époque, Os manifestos literários da belle époque, 1966), as principais questões discutidas nos diversos manifestos da época recaíam sobre o 1) Simbolismo; 2) O movimento da renascença clássica; 3) Arte socialista (engagé). Ao examinar tais manifestos, Gilberto Mendonça Teles (1983), concluiu  que as várias tendências surgidas no fim do século poderiam ser agrupadas em duas estéticas principais, a saber, simbolismo (decadentismo/neoclassismo) e naturismo (tendências relacionadas aos manifestos socialistas e unanimistas). Assim, essas duas estéticas contribuíram, portanto, para o aparecimento dos diversos grupos de vanguardas, tais como, o futurismo, o expressionismo, o cubismo, o dadaísmo, o surrealismo, apenas para citar alguns.

Segue abaixo o material utilizado em aula para as discussões:



domingo, 18 de junho de 2017

Exposição "Um retrato de uma jovem artista"



Queridxs leitorxs,
retorno, após um tempo sem escrever, dizendo o quanto foi significante a minha segunda exposição individual intitulada "Um retrato de uma jovem artista", que acabou por me fazer refletir sobre minha arte e repensar, de certa forma, a minha própria vida também. Antes de colocar alguns registros, disponibilizo aqui, o texto escrito por mim, em razão da exposição. A exposição foi realizada durante os dias 12, 13 e 14 de junho de 2017, na Universidade Luterana do Brasil, e fazia parte da programação cultural do 7º Seminário Brasileiro de Estudos Culturais e Educação e 4º Seminário Internacional de Estudos Culturais e Educação.




Nesta exposição, faço um recorte de alguns trabalhos produzidos entre os anos 2013-2017, os quais fazem parte de um universo maior, da minha produção artística, iniciada em 2005. As obras expostas aqui são pinturas e desenhos realizados com ferramentas e suportes tradicionais (como tela, tinta, giz pastel, pincel, madeira) e pinturas e desenhos realizados exclusivamente com artefatos digitais, como tablet e computador. Nestas obras, trago minhas lembranças da infância, pensamentos e vivências do presente, em linhas caminhantes, traçadas digitalmente ou esboçadas na superfície plana da madeira/tela. Por vezes, retorno às minhas memórias, apenas caminhando por linhas livres e soltas, utilizando a interface digital. Nessas memórias, carrego os ventos de minha cidade natal, Osório, no interior do Rio Grande do Sul, em que rostos de pessoas desconhecidas surgem, como pensamentos em busca da compreensão de minha própria poética artística.
O desenho digital surgiu, primeiramente, como experimentação, ainda em um aplicativo de celular, depois evoluindo para o tablet e, finalmente, fazendo-se permanente no computador, juntamente com uma mesa digitalizadora e caneta, que me permitiram maiores opções de traços, formas e cores. Do desenho digital, produzido principalmente no software SketchBook Express, passei a me aventurar, posteriormente, na pintura digital, com o software ArtRage, o qual intercalo com dois suportes diferentes, o tablet/ipad e computador. Um dos artistas que me inspirou fortemente na elaboração das obras digitais foi o britânico David Hockney. Já Iberê Camargo me inspirou na construção e sobreposição de linhas, realizadas ora com caneta sobre o papel, ora no ambiente digital. Van Gogh e Lucian Freud, por sua vez, me instigaram à composição de retratos, principalmente na produção de impastos e marcas das pinceladas. Embora produzidos em ambiente digital, alguns dos retratos aqui expostos demostram a influência da técnica do impasto, por exemplo, deixada por estes artistas. Recentemente, a pintura do mineiro Carlos Bracher, pelo qual tenho muita admiração, também surgiu como inspiração, principalmente pela valorização das linhas de contorno e definição escultórica das formas, que percebi em seus trabalhos.
Enfim, dos inúmeros estudos e produções, selecionei, entre os temas mais recorrentes no meu trabalho, o retrato. Trago retratos de pessoas sem nome, inexistentes, ou, até mesmo, autorretratos. Minhas pinturas, portanto, contam um pouco da minha história, na tentativa de compreender a mim mesma e aos outros. Outros que deixam seus rastros pelo caminho, com suas fragilidades, pensamentos, sentimentos, próprios do ser humano.

  


A artista





MEMÓRIAS QUE FICARAM...



Uma homenagem à querida colega Simone





































domingo, 23 de outubro de 2016

O ensino da Arte no espaço escolar: reflexões de alunos sobre as pinturas de Iberê Camargo, Francis Bacon e Lucian Freud




Em meio a tantas discussões a respeito do ensino da Arte no país, compartilho um artigo meu recentemente publicado e apresentado no XV Seminário Internacional de Educação - Educação e Interdisciplinaridade: Percursos Teóricos e Metodológicos, realizado na Universidade Feevale no mês de julho deste ano.

Resumo
O tema do presente artigo é o ensino da arte no espaço escolar. A justificativa é o fato de que se faz necessário, na prática do ensino da arte, trabalhar com leitura e interpretação de obras pictóricas contemporâneas, as quais são capazes de suscitar questionamentos e novas percepções sobre a realidade vivida pelos alunos. O objetivo do presente artigo é analisar as leituras e interpretações que alunos do Ensino Médio de uma escola estadual da cidade de Osório, no Rio Grande do Sul, realizaram da obra de três pintores da década de 1980 em diante: os artistas Iberê Camargo (1914- 1994), Francis Bacon (1909-1992) e Lucian Freud (1922-2011). Os dados aqui analisados foram coletados a partir da observação realizada quanto às leituras e interpretações expressas pelos alunos ao longo das atividades. Também serão analisados alguns trabalhos produzidos pelos próprios alunos. Trata-se de uma pesquisa de caráter interdisciplinar, na medida em que aproxima os campos da Arte e da Educação, sendo que a principal contribuição para campo educacional reside no fato de que a pesquisa traz contribuições sobre a possibilidade de trabalho com a interpretação de obras de artistas contemporâneos na sala de aula. O artigo está estruturado em três partes. Inicialmente, apresenta-se o procedimento adotado para a realização das aulas e a coleta dos dados. Em seguida, são apresentadas as principais características estéticas das obras de Iberê Camargo, Francis Bacon e Lucian Freud. Por fim, são realizadas as análises dos dados coletados com base nos conceitos teóricos “leitura de imagem”, proposto por Anamelia Buoro, e “estágios do desenvolvimento estético”, conforme Michael Parsons.
Palavras-chave: Pintura. Leitura de imagem. Arte e Educação.



sábado, 18 de junho de 2016

Caderno de desenhos inéditos de Van Gogh


"O caderno contém um número significativo de desenhos, mais de uma dezena".
Bernard Comment, escritor e editor do livro


Autorretrato, Van Gogh, 1889.



Como em todos os casos de artistas em qualquer parte do mundo, há uma necessidade de carregarmos cadernos, blocos, quando não começamos a desenhar, inconscientemente, em um guardanapo de papel. Introduzo este comentário apenas para dizer que foram encontrados desenhos inéditos de Van Gogh. Estes desenhos estão registrados em diversas folhas, marcadas por linhas, registradas em um caderno, sob a posse de Bernard Comment, escritor e editor suíço, do proprietário e do editor. Sobre os desenhos, não foram revelados ainda muitos detalhes . O caderno será publicado em forma de um livro e será divulgado publicamente em uma conferência de imprensa em Paris, em novembro deste ano.
Bernard Comment será o responsável pela publicação da obra, intitulada "Vincent Van Gogh, Le brouillard d'Arles, carnet retrouvé" ("Vincent van Gogh, o nevoeiro de Arles, o caderno recuperado").
Até o momento não sabemos quando o livro será publicado no Brasil, somente temos a confirmação que chegará às livrarias dos Estados Unidos e Europa. 



 "É incrível, brilhante."
 Bernard Comment


Fonte:









quarta-feira, 20 de abril de 2016

Loving Vicent

Longa é pioneiro em utilizar pinturas à óleo em todas as imagens



O longa "Loving Vincent" é baseado nas mais de 800 cartas escritas por Vincent Van Gogh, sendo narradas na animação pelos personagens das obras do artista. Para o desenvolvimento do filme, foi necessário fazer as gravações com os atores que interpretavam os personagens das pinturas de Van Gogh.
Após gravadas as cenas, cada imagem do filme recebeu uma pintura à óleo, seguindo o estilo de Van Gogh. O trabalho conta ainda com 65 pintores na Pôlonia e 20 na Grécia e, no total serão feitas 62.450 pinturas individuais. É a primeira vez na história do cinema mundial que esta técnica será utilizada em um filme de animação.
A previsão da estreia do longa será para setembro deste ano, prometendo revolucionar o cinema de animação. Loving Vincent retoma com um processo artesanal de produção, utilizando as formas mais clássicas de se fazer pintura.

Num mundo em que se usam tantos efeitos especiais criados por computador, o público se impressiona ao ver algo feito à mão, com um pincel.
Junte a isso o poder que Van Gogh tem de tocar as pessoas e você tem um produto diferente de tudo o que já se viu.

Hugh Welchman 

Dorota Kobiela, diretora de cinema polonesa, formada em pintura e cinema de animação, partiu de suas inquietações para a produção, ao encontrar-se dividida entre sua dedicação à pintura e à produção de um filme. Unindo suas duas paixões, a pintura e o cinema, Dorota se encontrou em um caminho de um ambicioso projeto: contar a vida e a morte de Vincent Van Gogh por meio de quadros animados.
Incentivada por seu marido, Hugh Welchman (vencedor do Oscar em 2008 por sua animação Pedro e o lobo), o projeto acabou se transformando em um filme de longa-metragem.
Mesmo sendo árduo o caminho a percorrer, o casal de cineastas resolveu contratar um grande número de artistas para que o projeto de concretizasse. Dessa forma, foi necessária a realização de um recrutamento de artistas. Para ser aprovado neste recrutamento, é preciso que o/a artista seja avaliado em três etapas: portfólio, provas práticas de três dias e um curso intensivo para treinamento em animação.  Estima-se que, ao final deste projeto, sejam empregados aproximadamente 100 pintores, que produzirão 62.450 pinturas.





Antes mesmo da produção dos quadros para o filme, foram escalados atores para representar os personagens presentes nas pinturas e durante a vida de Van Gogh. O processo utilizado para a transformação das cenas em pinturas é conhecido como rotoscopia. A rotoscopia é uma técnica a qual diversos animadores utilizam para a criação de desenhos baseados nos movimentos dos atores captados em vídeo.

Rotoscopia
Técnica bastante conhecida desde os primórdios do cinema. Walt Disney já a empregou
no seu Branca de Neve e Os Sete Anões
(Fonte: http://cidadaoquem.blogspot.com.br/2010/05/de-carne-e-osso-para-desenho.html)
 
Após os pintores receberem as frações das cenas e reproduzirem nas telas, as imagens eram registradas em alta definição para comporem a animação. 
 
Foto: Época



 Prévia das pinturas que serão reproduzidas no filme:
















HISTÓRIAS SOBRE VINCENT

- Não é inteiramente verdade que Vincent foi um gênio incompreendido. É verdade que poucas de suas pinturas (muito poucas!) foram vendidas ainda em vida. No entanto, diversos artistas que seguiram seu estilo o apreciavam, além de jornalistas começarem a ter interesse em sua obra no ano de 1888. Pintores modernistas franceses e holandeses se inspiraram no trabalho do artista.
- O artista sempre busca inspiração em algum lugar. Talvez na literatura, no amor, natureza, arte ou música. Vincent não foi diferente. Muitas de suas cartas faziam referência a livros e pinturas. Analisando as cartas podemos perceber seu grande interesse pela natureza e - no início de sua carreira - a Bíblia. Costumava coletar imagens e coisas que mais o atraía. Resultando em um local pessoal onde registrava e guardava suas experiências e informações mais importantes.
- O que podemos questionar ainda é, por que o seu irmão Theo continuou apoiando Vincent financeiramente mesmo sabendo da vida difícil que o irmão levaria como artista? Seria este um investimento de arte planejado ou uma demonstração de amor fraternal?
- Vincent via a arte e a natureza como coisas inseparáveis. Não encontrava ligação ou inspiração em nenhum outro local que não fosse o campo.

"… if I felt no love for nature and my work, then I would be unhappy." 
To his brother Theo, from The Hague, 26 July 1882

- Para quem nunca ouviu falar ou leu a respeito, Vincent teve um relacionamento com Agostina Segatori, uma italiana dona do restaurante La Tambourin, que se localizava na Boulevard de Clichy em Paris. As informações sobre o relacionamento ainda permanecem obscuras, sabe-se apenas que o relacionamento perdurou de dezembro de 1886 a maio de 1887.


"For my part, I still continually have the most impossible and highly unsuitable love affairs from which, as a rule, I emerge only with shame and disgrace".
To his sister Willemien from Paris, late October 1887



Vincent van Gogh, In the Café: Agostina Segatori in Le Tambourin, 1887 


Sobre o caso da orelha....

Como todos sabem, Van Gogh, durante um momento de furiosa raiva e paixão, cortou o lóbulo da orelha e enviou para uma prostituta chamada Rachel. Este gesto trágico mostra a característica marcante do artista  que não conseguia lidar com sentimentos de frustração, agressão, culpa e vergonha.
O acontecimento foi registrado no jornal local da época:

"Guarde este objeto com cuidado"
 




REFERÊNCIAS
http://lovingvincent.com/?id=home
http://www.vangoghmuseum.nl/en